[curso marxismo feminista hoje] vídeo aula 1 – encontros e desencontros

Em abril de 2020, a coletiva Marxismo Feminista ofereceu o curso de extensão Marxismo Feminista Hoje, pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
As aulas foram gravadas e agora estão disponíveis online.
Confira aqui o primeiro encontro sobre Cinzia Arruzza, ministrado pela Isabella Meucci.

Esta aula irá introduzir o tema central que será trabalhado ao longo de todo o curso – os entrecruzamentos entre marxismo e feminismo – tendo como base uma leitura crítica do livro Ligações Perigosas: casamentos e divórcios entre marxismo e feminismo (Usina Editorial), de Cinzia Arruzza. Pretende-se apoiar no breve panorama apresentado por Arruzza sobre as relações entre o movimento feminista, o movimento operário e a esquerda marxista, com vistas a entender como elas se deram ao longo da história e quais debates e controvérsias fundamentais elas produziram no âmbito da teoria e da política desde o século XIX. Com isso, espera-se abrir caminho para as aulas seguintes, em que serão abordadas autoras centrais do pensamento marxista feminista e as interpretações originais que elas produziram sobre classe, gênero, raça, patriarcado, capitalismo e teoria queer.

Leitura obrigatória
ARRUZZA, Cinzia. Ligações Perigosas: casamentos e divórcios entre marxismo e feminismo. São Paulo: Usina Editorial, 2019 (também publicado em português como ARRUZZA, Cinzia. Feminismo e marxismo: entre casamentos e divórcios. Lisboa: Edições Combate, 2010).


A seguir, as indicações e referências de materiais comentados na aula:

Programa do curso Marxismo Feminista Hoje
Slides da Aula 1 – Marxismo e feminismo: encontros e desencontros

Artigos de Cinzia Arruzza
Por um novo casamento entre feminismo e marxismo, entrevista com Cinzia Arruzza e Tithi Bhattacharya, por Giovanna Marcelino e Bruna Della Torre (Revista Crítica Marxista)
Considerações sobre gênero: reabrindo o debate sobre patriarcado e/ou capitalismo, de Cinzia Arruzza (Revista Outubro)
Funcionalista, determinista e reducionista: o feminismo da reprodução social e seus críticos, de Cinzia Arruzza (Cadernos CEMARX)
Gênero como temporalidade social: Butler (e Marx), de Cinzia Arruzza (Revista Crítica Marxista)
“O feminismo é no momento a vanguarda da mobilização social a nível internacional”, de Cinzia Arruzza (Revista Movimento)
O significado de uma greve de mulheres, de Cinzia Arruza e Tithi Bhattacharya (Blog Junho)
A fantasia da normalidade: neoliberalismo, família e nova direita, de Cinzia Arruzza (Esquerda Online)


Ensaios do blog Marxismo Feminista
“Feminismo e a renovação do marxismo”, ensaio de Giovanna Marcelino
“Flora Tristan, uma semente subversiva”, ensaio de Luna Ribeiro Campos
“Afinal, o que comemoramos no dia 8 de março?”, ensaio de Beatriz Rodrigues Sanchez
“Lições da Revolução de 1917 para o feminismo de hoje”, ensaio de Maria Lygia Quartim de Moraes
“Haydée Santamaría e o lugar da guerrilheira na Revolução Cubana”, ensaio de Isabella Meucci
“Terremoto de gênero: as mulheres socialistas e a Comuna de Paris (I)”, ensaio de Judy Cox (tradução de Giovanna Marcelino)
“Terremoto de gênero: as mulheres socialistas e a Comuna de Paris (II)”, ensaio de Judy Cox ( (tradução de Giovanna Marcelino)
“Gênero, excesso e a possibilidade da vida não alienada”, ensaio de Mikey Elster
“Gênero como estratégia de acumulação”, ensaio de Kay Gabriel

Escritoras negras do final do século XIX e início do XX
Ida B. Wells (1862-1931): Jornalista estadunidense que escreveu sobre linchamentos no sul do país e posteriormente trabalhou com agremiações de mulheres negras.
Mary Church Terrel (1863-1954): Ativista em diversas agremiações de mulheres negras. Foi uma das fundadoras da National Association of Colored Women em 1896.
Fannie Barrier Williams (1855-1944): Ativista e fundadora de diversas associações de mulheres negras no final do século XIX, oradora e artista plástica.
Josephine St. Pierre Ruffin (1842-1924): Ativista contra a escravidão, participou do movimento sufragista, fundou o primeiro jornal escrito e editado por mulheres negras, o The Woman’s Era.
Harriet Ann Jacobs (1813-1897): escritora afro-americana que fugiu de uma vida de escravidão e depois conseguiu se libertar. Tornou-se abolicionista, palestrante e reformista social. Sua obra mais famosa é sua autobiografia Incidentes da vida de uma escrava, publicada no Brasil pela Editora Todavia.
Sojourner Truth (1797-1883): abolicionista afro-americana e ativista dos direitos das mulheres. Seu discurso E eu não sou uma mulher? foi publicado recentemente em forma de livro pela Ímã Editorial.
Maria Firmina dos Reis (1822-1917): considerada a primeira romancista negra brasileira. Seu romance, Úrsula, primeiro romance abolicionista brasileiro, foi publicado pela Cia das Letras.

Sobre outras formas de conceber o patriarcado
Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas, de Oyèrónké Oyewùmí, publicado no livro Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais, organizado por Heloísa Buarque de Hollanda e publicado pela Bazar do Tempo.

Outras indicações
Episódio #12 Grifa Podcast – Ligações Perigosas, com a coletiva Marxismo Feminista (parte 1 e parte 2)
Grifa Junto – “Ligações Perigosas”, de Cinzia Arruzza
Seminário Temático ANPOCS – Pioneiras da Teoria Social: Flora Tristan, com Luna Campos
Lançamento do livro “Ligações Perigosas: feminismo e marxismo, casamentos e divórcios”, de Cinzia Aruzza Debate com Silvia Ferraro e Martina Gomes.

Deixe um comentário