Cidades feministas: autonomia reprodutiva e legalização do aborto

Em 28 de setembro os movimentos feministas celebram o Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto. A data foi instituída no 5° Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho, realizado na Argentina, na década de 1990, com o intuito de ampliar o debate público sobre justiça reprodutiva no continente e fortalecer iniciativas de descriminalização da interrupção voluntária de gestação na perspectiva do acesso ao aborto legal, seguro e gratuito.

Este ano, o 28 de setembro ocorre em meio às eleições municipais brasileiras e recentes tentativas de retroceder nos permissivos legais para a realização de aborto, seja no âmbito legislativo (com o Projeto de Lei 1904, que ficou conhecido como “PL do estupro”), seja pela intransigência do poder executivo (como tem ocorrido na cidade de São Paulo, onde o prefeito Ricardo Nunes mantém fechado o principal serviço de aborto legal do município, no Hospital Vila Nova Cachoeirinha).

A fim de discutir essas questões, convidamos para participar da atividade “Autonomia reprodutiva e legalização do aborto”

QUANDO? 26 de setembro (quinta feira), às 18h

ONDE? Sala 118, Conjunto Didático de Ciências Sociais e Filosofia da FFLCH/USP (Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, Cidade Universitária – São Paulo – SP)

Nossas debatedoras serão:

Lina López: socióloga com pós-graduação em Inovação Social e mestrado Erasmus Mundus em Estudos de Mulheres e Gênero pela Universidade de York (Reino Unido) e pela Universidade de Oviedo (Espanha). Ativista pelos direitos ao aborto, fundadora da Viva Futura, diretora da AbortionData e coordenadora de Parcerias para a América Latina na Women First Digital. Lina foi, além disso, conselheira multilíngue na safe2choose.

Rebeca Mendes: advogada, fundadora e diretora do Projeto Vivas e mestranda em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Fiocruz. Em 2017 se tornou a primeira mulher latino-americana a ingressar em uma Suprema Corte solicitando a autorização para fazer um aborto fora dos permissivos legais. Infelizmente seu pedido foi negado, obrigando-a a recorrer a um aborto legal na Colômbia. Em 2020, em parceria com a Anis e a professora Débora Diniz, funda o Projeto Vivas, uma organização sem fins lucrativos que auxilia quem precisa a acessar os serviços de aborto legal no Brasil e no exterior.

Carla Marques: Médica de Família e Comunidade, formada pela Faculdade de Medicina da USP, e faz parte do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde desde 2017. O coletivo feminista é uma organização não governamental que desde 1981 atua com foco na atenção primária à saúde das mulheres, na saúde mental e através de um núcleo de masculinidades com homens autores de violência, a partir de uma perspectiva feminista e humanizada.

Este debate faz parte do #Esquenta28S, calendário de atividades preparatórias para o ato que ocorrerá no sábado, 28 de setembro, às 15h, com concentração no vão do MASP.

Realização: Coletiva Marxismo Feminista, Católicas pelo Direito de Decidir e Frente Estadual pela Legalização do Aborto SP.
Apoio: Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania (CENEDIC) e Centro Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários Oswald de Andrade (CAELL).

Nos vemos lá! 

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